Hoje, o que podemos observar é a grande procura por uma aprendizagem inovadora, para a qual há uma série de fatores que influenciam a busca por diferentes formas de aprender, como:
- A descentralização da informação, da mediação;
- A flexibilidade de tempo e espaço, a partir da qual os alunos buscam a aprendizagem de diferentes locais, cada um com o seu tempo;
- Interações síncronas e assíncronas, fazendo uma integração de modelos pedagógicos;
- Ambientes com multiálogo, nos quais ocorre a comunicação de todos com todos, e a aprendizagem pela troca de conhecimentos realizada entre professores, alunos, tutores e demais envolvidos;
- Uso de diversos recursos tecnológicos;
- Massificação, com cursos oferecidos a milhares de pessoas em todo o mundo.
Dentre esses fatores, podemos considerar a massificação uma tendência observada no mundo todo, e um bom exemplo disso ocorre nos cursos oferecidos por algumas Instituições de Ensino (IES), os chamados MOOCs – Massive Online Open Curses ou Cursos Massivos On-line Abertos.
Os MOOCs são cursos on-line que permitem a participação de milhares de pessoas de diversas regiões do planeta, na maioria das vezes sem nenhum custo financeiro, favorecendo a acessibilidade dos participantes.
Existem dois tipos de MOOCs: xMOOC ou cMOOC, assim chamados por Siemens (2012)1.
Os xMOOCs reproduzem a aprendizagem tradicional, com aulas expositivas, conteúdos prontos, vídeos bem elaborados, e são centrados na transmissão de conhecimentos existentes. Se caracterizam pela duplicação do conhecimento.
Já os cMOOCs são de origem conectivista, e se diferem dos xMOOCs por permitir e incentivar a colaboração e a construção do conhecimento de forma mais compartilhada. Esse tipo de MOOC tem como foco o desenvolvimento da criação, da criatividade, da autonomia e da aprendizagem social em rede.
É fato que os MOOCs estão ganhando espaço a cada dia, mas será que são o melhor modelo educacional para a EAD no futuro?
Um bom modelo educacional deve considerar, para a criação dos cursos, todas as variáveis de um processo educacional, como os propósitos e o escopo da Instituição, o tempo, o custo, a qualidade, as equipes envolvidas, a interação, a comunicação e a divulgação, os riscos, as aquisições, o contexto do aluno, e a infraestrutura tecnológica.
Nesses modelos, encontramos também diferentes modelos pedagógicos que orientam e definem como o conteúdo será trabalhado e como ocorrerão as interações entre o professor, o aluno e o objeto de estudo dentro dos cursos.
Com tantas opções já oferecidas, será que estamos a caminho de outros tipos de oferecimentos para a educação?
O que se pode ter certeza hoje é que a Instituição que não oferece educação a distância com qualquer tipo de modelo educacional, está atuando de forma menos competitiva.
Como diz Ian C. Reid2, as escolhas dos modelos educacionais em EAD podem ser críticas para a sobrevivência da Instituição no momento competitivo que vivenciamos na área. Essas escolhas devem ser tomadas de forma rápida e abrangente para que possam ser eficazes.
1. SIEMENS, G. MOOCs are really a platform. Elearnspace, July 25, 2012.
2. REID, Ian C. Beyond Models: Developing a University Strategy for Online Instruction.
JALN Volume 3, Issue 1 – May 1999. Disponível em: http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.96.8006&rep=rep1&type=pdf (Acesso: em 20 de fevereiro de 2014).
Para saber mais sobre MOOCs, leia o artigo de Ronaldo Mota e Andreia Inamorato, disponível em: https://www.academia.edu/4342427/MOOC_uma_revolu%C3%A7%C3%A3o_em_curso (Acesso: em 20 de fevereiro de 2014).
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