Muito se tem falado sobre um dos temas presentes na agenda econômica do nosso País: produtividade.
Sabe-se que a aceleração do crescimento econômico do Brasil passa pelo aumento da produtividade dos trabalhadores, entretanto, diferentes são os percursos e muitos os atalhos desse caminho.
Aumentar o investimento das empresas em tecnologia, melhorar a educação em seus diferentes níveis (fundamental, médio, técnico e profissionalizante), qualificar a mão de obra, são algumas das “mile stones”.
Em matéria veiculada pela BBC (www.bbc.co.uk), Haruo Ishikawa, do Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), afirma que os trabalhadores que chegam na área têm tantas lacunas na educação básica que não conseguem decidir sua profissão levando em conta três importantes critérios: o que eles querem fazer, o que sabem fazer e em que áreas há demanda por trabalhadores. Segundo Ishikawa, a inadequação de suas escolhas derruba a produtividade dessa mão de obra.
Jorge Arbache, economista da UnB, vai um pouco além. Para ele, dada a crescente dependência entre as empresas, as que têm baixa produtividade acabam puxando todas as outras para o descenso. A sugestão de Arbache é estabelecer um currículo nacional, valorizar a educação profissional, melhorar tecnologias e o ambiente físico das empresas, entre outras medidas.
Pesquisas têm mostrado que aumentou para 80% o número de trabalhadores brasileiros com ensino fundamental completo e 64% a fatia dos que concluíram o ensino médio. Porém, segundo dados publicados pela Revista Exame (edição 1071), isso ainda não é suficiente para produzir melhoria correspondente na produtividade operacional, um indicador que continua distante da média obtida nas economias mais desenvolvidas.
Uma parte desse público, infelizmente, é de analfabetos funcionais, algo simples de se ver ao solicitar a leitura e compreensão de um manual técnico, por exemplo. O trabalhador precisa estar apto para utilizar máquinas e equipamentos modernos, o que demanda um ensino básico e técnico de qualidade.

Vemos, então, que o caminho da produtividade no Brasil precisa abrir duas frentes que seguem paralelas: tecnologia/inovação e capital humano qualificado.

Essa lacuna da qualificação tem sido coberta em algumas empresas com forte investimento em Educação Corporativa, como é o caso da Escola de Excelência Técnica e Operacional do Metrô SP (setor de mobilidade urbana) e da Educação Industrial da Braskem (setor petroquímico).