O sentido de grupo pôde ser visto logo no início, quando os 11 jogadores brasileiros continuaram cantando o Hino Nacional mesmo depois do som do estádio ter finalizado a música.

A equipe técnica, claro, teve seu mérito, entretanto, isso não seria suficiente para manter o Marcelo atuante em campo, depois de ter marcado o gol contra, sob o calor paulistano de 60.000 torcedores, ao vivo e exaltando o verde e amarelo.

Motivação é algo importante demais para ser delegado. Ontem pudemos ver isso claramente: não bastava o Felipão gritar ou incentivar para que a sua estratégia de jogo fosse colocada em prática. Era o Oscar, correndo de lateral a lateral, que encontrava em cada adversário a motivação para ser a grande estrela do jogo.

Ali estavam alguns dos melhores talentos do nosso futebol exibindo suas performances ao mundo, mas conectados entre si, tomando a bola do adversário e ao mesmo tempo procurando o companheiro para que seu passe fosse mais assertivo.

No papel de capitão do time, numa posição em campo que permite melhor visão de jogo, Tiago usou a maturidade necessária para decisões rápidas. Assim também deve ser nas organizações ao definir perfis para exercer um cargo ou atuar num processo de trabalho específico.

Melhora do desempenho, da produtividade e da competitividade: ontem tivemos um claro exemplo de um bom desenvolvimento das competências técnicas de uma equipe. Os papeis estavam definidos porque foram claros os perfis requeridos para desempenhar cada função em campo.

Como nas organizações, o que se viu ontem foi a produtividade do grupo acima da individualidade em busca de um trabalho eficaz.

Por analogia, pode-se dizer que o grupo teve suas competências técnicas mapeadas: equipe definida por um processo que identificou os conhecimentos, habilidades, experiências e atitudes de cada jogador, credenciando cada um a exercer seu correto papel em campo.

Esse, consideramos, o maior aprendizado que pudemos abstrair do jogo de estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo 2014.